terça-feira, 30 de agosto de 2022

RELATÓRIO CURRICULAR

Relatório Curricular Edson Nere Alves de Sousa

Acompanhamento das atividades da safra 2007/2008 da Fazenda Progresso, tendo ênfase nas atividades de Aplicação de Defensivos Aérea e Terrestre e Monitoramento (MIP) de pragas do algodão

1. INTRODUÇÃO

Este relatório descreve as atividades desenvolvidas no estágio curricular supervisionado do curso de Engenharia Agronômica, realizado dentro das áreas de Entomologia e Aplicação de defensivos, no período de 02 de Janeiro de 2008 a 07 de Fevereiro de 2008, realizado na Fazenda Progresso. As atividades foram aplicação de defensivos agrícolas (terrestre e aérea) monitoramento e manejo de pragas e doenças na cultura do algodão.

Na Fazenda foi obtido experiência com Técnicos Agrícolas e principalmente Agrônomos. Com o supervisor de campo, o agrônomo Rogério, foram debatido vários assuntos com relação à aplicação de defensivos e manejo e Monitoramento Integrado de Pragas (MIP). Durante o período de estagio na Fazenda Progresso, ocorreram varias discussões com os técnicos que atuam na assistência técnica, discussões essas que vieram reforçar o conhecimento teórico adquirido aliada as práticas realizadas.

Na região de Uruçuí existem diversas Fazendas de produção agrícola, região que está em processo de crescimento, devido a boa topografia do terreno apropriada para exploração agrícola, sendo que a cultura do algodão vem se destacando a cada ano, cultura essa que esta sendo produzida com alta tecnologia tendo como resultado uma alta produtividade esses foram os principais motivos para a realização do estágio curricular supervisionado na área de Entomologia e Aplicação de Defensivos.

2. A EMPRESA

É uma das maiores e mais modernas da região e a que possui as maiores áreas plantadas. Possui uma Algodoeira, para processar a limpeza da fibra. Planta algodão há três safras, sendo a safra 2007/2008 com 7000 hactares da cultura. Além de Soja (5.500 ha), Milho (3.500 ha) e Arroz (1.200 ha) totalizando uma média de 17.000 hactares plantados. Produz sementes próprias de soja (FT Sementes) para comercialização em todo o Brasil.

Em relação à organização, a Fazenda Progresso é citada por muitos como uma das melhores da região. Os funcionários são dedicados e responsáveis pela estruturação, organização, elaboração e execução do planejamento, cujo envolvimento em todos os níveis, permite uma administração profissional na busca de resultados e crescimento da empresa e de seus cooperados.

A Fazenda Progresso como o nome já diz e estimula quem lá trabalha, busca produtividade e qualidade dos serviços prestados a sua produção e de seus cooperados que são muito bem assistidos pelos agrônomos da empresa, busca também segurança para com os empregados diretos e indiretos.

Devido ser de grande potencial, essa empresa garante muitos empregos indiretos a cada safra, além dos vários diretos, com isso a cidade vizinha, Sebastião Leal, assim como outras próximas, se beneficia com grande entrada de recursos, dessa forma a empresa ajuda muitas famílias direta e indiretamente.

A parte interna da fazenda é bem organizada, possuindo alojamento diferenciado para Técnicos, alojamentos sobrando para visitas, almoxarifado, uma das melhores oficinas da região, um hangar com pista de 1.000 metros em média (combustíveis como querosene e gasolina de avião, onde podem ser vendidos, mas o principal objetivo é o abastecimento das aeronaves agrícolas, que são próprias da empresa), uma cantina bem limpa e de aspecto agradável onde as refeições oferecidas são de alta qualidade e nutritivas, possui silos, garagem para veículos, local próprio para armazenamento de defensivos e máquinas. A limpeza em geral faz parte do programa da empresa, principalmente dos alojamentos e cantina.

A Fazenda Progresso também disponibiliza além de banheiros higiênicos, comida para os caminhoneiros que vem a fazenda para carregar ou descarregar seus caminhões de produtos ou máquinas, ou ainda defensivos/insumos.

Faça download do arquivo: Relatório Curricular

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Impressões do congresso brasileiro do algodão em Maceió, AL - 11º CBA.

11º CBA, Maceió, AL
Evento muito bem organizado pela cadeia produtiva, instituições voltadas ao agronegócio, setor que pelo menos mantém a balança comercial brasileira e que é tanto criticada, principalmente pelo uso constante de defensivos agrícolas ao meio ambiente e desmatamento.

- Quanto ao desmatamento, motivo que dizem diminuir as chuvas e tudo mais, quem tiver interesse pesquisem sobre secas que aconteceram no passado quando não havia desmatamento.

- Quanto ao uso de defensivos, defendo com cautela, pois é uma necessidade do seu uso, se conseguirmos um dia produzir alimentos no mesmo ritmo sem uso de defensivos será uma grande vitória para o meio ambiente e para a população. Hoje não temos essa opção, infelizmente. Quando você ver o crescimento de regiões como Luis Eduardo Magalhães, São Desidério (Bahia), regiões enormes do Mato Grosso, Sapezal, Campo Novo do Parecis, entre outras, tente imaginar o quanto de empregos que gerou e pense se era possível sem o desmatamento e uso de defensivos.

Muitos questionam, mas não entendem que há por trás do agronegócio ações de várias instituições privadas e governamentais com foco direto na preservação ambiental e cada vez mais está se dando valor ao trabalhador. 

Quanto ao congresso, participei pela primeira vez, motivo que não posso fazer comparações entre outros eventos. Teve em seu escopo o tema Inovação e Rentabilidade da Cotonicultura. Um tema muito importante e nos remete a entender justamente a questão ambiental, pois quando falamos em tecnologia de aplicação, inovação de processos para redução de custos na produção, também estamos diretamente falando em reduzir o uso de defensivos agrícolas, quando falamos no uso de defensivos biológicos, também estamos falando na redução dos químicos, pois é importante na preservação de inimigos naturais de insetos-pragas.

O congresso teve muitas palestras importantes e nos trouxe uma visão interessante do setor da cotonicultura no Brasil e também dos Estados Unidos e Austrália. Tivemos palestras interessantes como a tecnologia de aplicação para melhorar a eficiência no controle de pragas, uso das terras no Brasil, economia e política no Brasil (como fica o futuro do agronegócio), várias palestras falando da redução dos custos no combate ao bicudo-do-algodoeiro entre outras pragas e doenças, além de ervas daninhas e seu manejo de resistência, palestras sobre inovação e agricultura digital que era de fato "obrigatória" visto o tema do evento, mas também importante por entendermos que precisamos inovar processos e ideias para que possamos ser a longo prazo, sustentáveis em todos os sentidos, inclusive falando sobre meio ambiente. Outras palestras se destacaram também, manejo dos solos, novas cultivares de algodoeiro com novas tecnologias embarcadas, palestras sobre os programas fitossanitários no Brasil e por fim "as melhores práticas de manejo" considerando Brasil, Austrália e Estados Unidos e reflexões sobre a qualidade do algodão nesses países.

Devemos acreditar que qualquer evento, por bom que ele tenha sido, deve melhorar e inovar, por isso, vejo a necessidade de maiores debates durante as palestras, cases de sucesso, participação de mais instituições voltadas ao agronegócio (privadas e governamentais) e pra isso é necessário haver mais tempo para que seja possível, pelo menos os horários das palestras deveriam ser seguidos.

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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Para alimentar o mundo, é preciso trazer inovação para a agricultura

Em 2050 a população mundial irá atingir mais de 9 bilhões de pessoas (FAO). A urbanização irá continuar a crescer de forma acelerada, o aumento da renda por indivíduo irá alterar as exigências e preferências alimentares , passando a incluir mais variedade e maior valor nutricional na dieta da população. Para que se possa atender essa crescente e mais exigente demanda, é preciso aumentar a produção de alimentos em 70% (FAO). Os desafios a serem enfrentados são enormes, envolvendo a atuação de diversos setores.
Os avanços da ciência e tecnologia contribuíram significativamente na produção de alimentos no mundo. A capacidade produtiva na agricultura cresceu entre 2,5 e 3 vezes nos últimos 50 anos. Isto permitiu, em um âmbito global, que o aumento na produção de alimentos acompanhasse o aumento populacional.
Além do aumento da demanda, a produção de alimentos enfrenta outros desafios que tornam o contexto ainda mais complexo, como: as mudanças climáticas, que interferem na capacidade produtiva; e restrição de recursos naturais, como a água e o solo.
O papel da inovação passa a ser essencial para garantir que as próximas gerações possam ser alimentadas, com qualidade. Para isso, é preciso que ocorra uma transformação na forma como produzimos alimento. Não basta aumentar a produtividade, é preciso utilizar uma abordagem mais abrangente, que envolva produção e consumo sustentável, de forma a garantir a segurança alimentar para as futuras gerações.

Segurança alimentar

Entre 2012 e 2014 cerca de 805 milhões de pessoas estavam em estado crônico de subalimentação no mundo. Cerca de 100 milhões pessoas a menos que na última década (FAO, 2016). Para que se possa atingir o estado de segurança alimentar não basta apenas incrementar a produção de alimento, é preciso que existam um conjunto de fatores que garantam o acesso ao alimento de qualidade a todos os indivíduos.
A fome e desnutrição afetam de diversas maneiras as capacidades do ser humano, tais como, aprendizado, produtiva e de bem estar. No âmbito mais amplo, a insegurança alimentar causa desigualdade social e violência, afetando profundamente toda população de uma nação.

Os desafios da agricultura

O desafio de garantir a segurança alimentar no mundo se torna ainda maior devido a fatores como as mudanças climáticas, que altera a capacidade produtiva de alimento no mundo, e pela restrição dos recursos naturais, como o solo e água, que fornecem a base para a produção alimentos.

Mudanças climáticas

As mudanças climáticas representam um importante fator na produção de alimentos, interferindo nos resultados de produtividade devido a eventos extremos cada vez mais constantes como secas e alteração na temperatura. A produtividade agrícola pode cair 2% por década até o final do século, segundo informações divulgadas pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC.
De acordo com Jerry Hatfield, diretor do Laboratório Nacional de Agricultura e Meio Ambiente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, já são observadas quedas de produtividade de culturas como milhotrigo e de outras variedades agrícolas. O motivo para esta redução, segundo Hatfield, é o aumento da temperatura. O milho, por exemplo, não tolera altas temperaturas na fase reprodutiva.
Desta forma, as mudanças climáticas também afetam tanto a diversidade de culturas quanto as fronteiras agrícolas. Determinas espécies são colocadas em risco de desaparecimento, e outras tem suas fronteiras agrícolas alteradas. Por isso, é essencial desenvolver uma agricultura mais inteligente e resistente ao clima, que permita agricultores em todo o mundo enfrentarem os desafio que as mudanças climáticas impõe na agricultura.

Restrição de recursos naturais

Solo

degradação do solo devido ao uso exacerbado representa como um fator redutor da produtividade agrícola, de modo que para sustentar uma produção sustentável será necessário o investimentos significativos na recuperação de áreas imensas em todo o mundo (SONNINO, 2011). O estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), revelou que 33% dos solos de todo o mundo está degradado em decorrência de diversos fatores.
A pesquisadora da Embrapa Solos, Maria de Lourdes Mendonça, afirma:
“A maneira como nós estamos produzindo não é sustentável. […] Precisamos agir urgente, tanto a pesquisa, quanto a sociedade civil, quanto cada um de nós.

Água

Cerca de 70% da água no Brasil e no Mundo, é utilizada para irrigação. Durante o processo de irrigação, aproximadamente 50% desta água é perdida devido a má gestão dos recursos hídricos.  Segundo o documento produzido pela FAO, “Rumo a um futuro de segurança hídrica e alimentar”, a agricultura irá continuar sendo o maior consumidor até 2050, o que representa em muitos países cerca de 2/3 ou mais da disponibilidade procedente de rios, lagos e aquíferos. Porém, o volume disponível para agricultura irá ser reduzido devido a uma maior competição por parte das cidades e indústria.
Cerca de 20% da área agricultável no planeta é irrigada, sendo responsável por 40% na produção de alimentos. Isso significa que a eficiência na utilização e produtividade da área irrigada para a não irrigada é de 2,6 vezes maior (FAO, 2012). A irrigação, feita de forma racional e sustentável, é uma das principais maneira para atender a demanda crescente de alimentos.
Desta forma, os desafios impostos exigem que a a agricultura passe a produzir mais, com menos recursos. Isto implica na necessidade de novas técnicas, tecnologias e soluções aplicados na cadeia de produção e distribuição de alimentos.

O papel da inovação na produção sustentável de alimentos

A inovação, no contexto da história da humanidade, permitiu que outros desafios fossem superados pelo homem e a espécie fosse preservada. Não é diferente no que se refere a necessidade existente no contexto de segurança alimentar para as próximas décadas. Ainovação e a tecnologia são elementos essenciais para o surgimento de soluções, que otimizem as atividades da cadeia produtiva de alimentos. Isto inclui a convergência de diversos setores da economia e áreas de estudo como biotecnologiagenéticaeletrônicatecnologia da informaçãoquímica , entre outras áreas, para que possamos continuar alimentando as gerações futuras.

Thought For Food (TFF)

Thought For Food (TFF), ou reflexão sobre o alimento em português, é uma fundação que visa engajar e empoderar jovens em todo o mundo a desenvolver soluções inovadoras com foco no desafio de alimentar a população mundial em 2050. Segundo os idealizadores, a nova geração de jovens inovadores são os principais recursos capazes de fazer com que a inovação se transforme de fato em mudança.
A iniciativa do TFF promoveu o surgimento e desenvolvimento de soluções como: Agrilution, que permite cultivar vegetais dentro de casa; o FooPoo combate o desperdício de alimentos ao estender, por até 2 anos, o prazo de validade de frutas e vegetais que seriam jogados fora, preservando o valor nutricional em até 90%; já o Peer-to-Peer-Probiotics , formada por jovens cientistas, desenvolve soluções para desnutrição por meio da biologia sintética; o sistema da Agrosmart utiliza o conceito de Internet das Coisas (IoT) para reduzir o consumo de água na agricultura, aumentando a produtividade.
O que todas essas empresas e projetos tem em comum? Surgiram a partir de iniciativas de pessoas que acreditam que é possível criar soluções que ajudem no desafio de alimentar a população mundial até 2050.

Conferência de Segurança Alimentar – Swissnex

Parcerias público-privada estão evoluindo ao redor do mundo em projetos que visam melhorar processos e desenvolver inovações que possam expandir os limites existentes hoje. Dentre elas, está a Swissnex Brazil.
swissnex Brazil conecta Brasil e a Suíça com o objetivo de trocar conhecimentos e ideias relacionadas a ciência, educação, arte e inovação. No dia 15 de Setembro, a instituição promoveu a Conferência de Segurança Alimentar, na Casa da Suíça, RJ. O evento reuniu especialistas e empresas, suíças e brasileiras, com o objetivo de trazer inovações e discutir sobre como alimentar a população do mundo em 2050. A programação incluiu dois painéis, sendo um deles focado na forma como o consumo de alimentos deverá mudar até 2050, já o outro painel trouxe a temática “O papel da inovação na produção sustentável de alimentos”.
Para apresentar as inovações o que foi discutido durante o painel sobre produção de alimentos, trazemos abaixo as novas tecnologias apresentadas durante a conferência:

Drones e VANTS

Na zona rural os drones e os VANTS  (veículo aéreo não tripulado) têm criado novas possibilidades a cada dia. Por meio de imagens, os equipamentos podem detectar falhas nas plantações, áreas com falta ou excesso de água e onde é preciso utilizar agrotóxicos ou outro suplemento agrícola, de forma muito mais precisa e localizada. Reduzindo assim, a quantidade de químicos aplicados e recursosdesprendidos.
Os avanços no sensoriamento remoto, por meio de equipamentos hiperespectrais e softwares de análise de dados, permite obter resultados significantes  para agricultura de precisão.
Gamaya
Gamaya utiliza uma combinação de imagem hiperspectral baseada em drone, aviões e dados ambientais (clima, amostragem de solo), complementada por uma metodologia analítica que permite um nível de conhecimento da situação completo da lavoura. O principal serviço oferecido é a detecção e diagnóstico de estresse (danos mecânicos, deficiência de nutrientes, estresse hídrico, compactação do solo), detecção precoce de doenças e pragas, monitoramento do cultivo para a otimização da fertilização e previsão de rendimento. Desta forma, os dados da câmera são transformados em informações aplicáveis na gestão agrícola, utilizando uma metodologia de sensoriamento remoto hiperespectral, simples e de baixo custo.

Internet das Coisas (IoT)

A Internet das Coisas refere-se ao conceito da revolução tecnológica que conecta aparelhos à Internet. O objetivo desses sistemas é a coleta de dadoscompartilhamento e a análises das informações obtidas no campo, permitindo obter uma tomada de decisão mais precisa, reduzindo custos. Estes sistemas inteligentes dão aos agricultores maior controle da produção ao longo da safra, permitindo o acesso a informações, que nunca antes estiveram disponíveis, a partir de diferentes dispositivos e lugares.
As soluções agrícolas inteligentes englobam o monitoramento de rebanhos, acompanhamento dos ciclos de ovulação do gado, otimizar o uso da água, de pesticidas, controle de pragas e doenças entre outros.
Agrosmart
AGROSMART surgiu com o objetivo de revolucionar a maneira em que as decisões são feitas no campo, reunindo a tradição do conhecimento passado por gerações com dados que realmente representam a necessidade da plantação a cada momento, para auxiliar o produtor a entender melhor o que está acontecendo em seu cultivo, reagir as mudanças e conseguir aumentar sua produção, fazendo um uso mais racional dos recursos, criando assim uma agricultura mais sustentável e que permita ao produtor mais flexibilidade e atratividade para continuar a vida no campo.
Com o uso de sensoresdados meteorológicosprocessamento de imagens e uma aplicação baseada em Cloud Computing,  a Agrosmart fornece ao agricultor o monitoramento de diversas variáveis em tempo real para a agricultura de precisão. Ao monitorar mais de 10 variáveis ambientais geramos informações relevantes que auxiliam em uma melhor tomada de decisão em relação a irrigação e doenças. Como consequência, ao utilizar a Agrosmart, os produtores rurais conseguem economizar até 60% de águaenergia e aumentar a produtividade ao mesmo tempo.

Fazendas urbanas

A maior demanda de consumo de alimento está nos grandes centros urbanos, porém, o modo tradicional de produção atual concentra-se em áreas a centenas ou milhares de quilômetros. Desta forma, surgem desperdícios decorrentes da logística do processo.  O conceito defazendas urbanas permite que alimentos possam ser cultivados dentro de grandes cidades. E ainda melhor, produzidos de forma orgânicasem agrotóxico ou químicos, utilizando a aquaponia.
Urban Farmers
Urban Farmers surgiu com objetivo de satisfazer demanda e a necessidade de uma produção saudável de larga escala dentro das grandes cidades. O sistema de cultivo de aquaponia combina aquicultura (cultivo de peixes) e hidropônico (cultivo de plantas sem usar terra, e só tendo raízes submersas na água).
Os resíduos dos peixes fertilizam as plantas, as plantas filtram os nutrientes, a água volta limpa para os peixes poupando assim 95% d’água se comparado com a agricultura tradicional.

Fazendas sustentáveis

sustentabilidade ganha cada vez mais relevância em todos os setores da economia. Na agricultura, o uso de práticas sustentáveis traz impactos e benefícios diretos . Uma fazenda sustentável é o resultado da união entre a produção de alimentos com o respeito ao meio ambiente e a lucratividade. Atingir esse equilíbrio envolve o investimento e métodos e práticas sustentáveis na propriedade.
Project RISE
Apesar da relevância que este tema tem atingido, é muito difícil definir o quanto uma fazenda é sustentável devido a falta de parâmetros.
A metodologia Response-Inducing Sustainbility Evaluation (RISE), adotada a aplicação de indicadores de sustentabilidade em empreendimentos agropecuários. A ferramenta foi desenvolvida pelo Colégio Suíço de Agricultura e avaliada em pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.  Provando a viabilidade do emprego da técnica por produtores rurais no Brasil.
Na prática, o método consiste na aplicação de um questionário . Coletada estas respostas, os indicadores consideram três dimensões: econômicaambiental e social. As respostas do questionário são computadas por meio de um software que gera diferentes pontuações. As classificações indicam níveis como “problemático”, “crítico”, “positivo”, e “o nível mais alto de sustentabilidade”.
O indicador permite a comparação da sustentabilidade na agricultura em várias partes do mundo. Ferramentas como o RISE acabará se tornando um diferencial para o próprio produtor, no que tange a sustentabilidade e consciência de consumo.

Fonte: https://www.agrosmart.com.br/blog/alimentar-o-mundo-trazer-inovacao-para-agricultura/

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Motivação Empresarial

Quando trabalhamos motivados não só apenas temos mais produtividade, mas também qualidade e se isso não acontecer, precisa sondar problemas que possam estar além daqueles que possamos ver com clareza, talvez problema familiar ou até de ordem psicológica, ou seja, não há como motivar alguém sem primeiro entende-lo. Lógico que isso vai de encontro a uma situação complexa onde a empresa precisa gerar renda para se manter, precisa produzir, ser sustentável e será que se a Liderança se envolver demasiadamente dentro dos problemas particulares dos colaboradores não haverá uma queda na produtividade?

Precisamos entender esse processo para que saibamos ser justos e mesmo assim continuarmos a ser competitivo e sustentável. Talvez podemos falar num equilíbrio entre o pessoal e o profissional.

A compreensão de motivação parte do princípio que a equipe precisa estar bem consigo mesma, psicologicamente e profissionalmente. Partindo desse princípio, a Liderança precisa estudar a equipe, seus maiores potenciais e suas fraquezas, se for preciso e em comum acordo adequar em funções pertinentes a suas maiores vocações aliando aos possíveis potenciais. Após um estudo da equipe, que acreditamos ser algo constante na empresa, ela precisará passar por um processo do tipo “Work’s Start” e deverá funcionar para cada novo colaborador. Esse Start deverá ser embasado do processo padrão de contratação acompanhado de uma visão holística de toda a empresa, de técnicas inovadoras que ajudem no entendimento dos objetivos e se possível for, até contribuir com a inovação dos objetivos e metas.

Por fim, a motivação precisa ser constante e equilibrada e sem dúvida precisa sempre de novos métodos e técnicas a depender da demanda e do perfil de novas gerações de profissionais. Realizar um cruzamento de informações entre colaborador e empresa provavelmente terá bons resultados, cruzar interesses, objetivos e metas cada um de ambos dentro daquilo que é possível e usando o bom senso, a empresa precisa ser sustentável e o funcionário também precisa ser, o que? Funcionário sustentável? Sim, ele precisa ser sustentável dentro da sua casa, precisa alimentar sua família, dar de vestir, educação, ética, honestidade e tudo que há de se fazer para que seus filhos sejam pessoas potencialmente capazes e responsáveis tecnicamente e psicologicamente para desenvolver processos dentro dos mais variados projetos dentro das organizações futuramente e também no universo familiar, social e ambiental. Precisa estar pautado no escopo do colaborador e empresa todos os processos necessários para que ambos se tornem ou continuem sendo sustentável, uma vez que se a empresa já estiver em nível de sustentabilidade e tiver a pretensão de contratar um novo colaborador e, caso esse não tenha ainda as diretrizes pertinentes da sustentabilidade até por ser algo inovador no mercado, a empresa precisa, antes que ele adentre-a, formá-lo dentro daquilo que esteja no escopo. Com isso o colaborador, além de conseguir um novo emprego, estará adquirindo conhecimentos no âmbito profissional, pessoal, familiar, social e ambiental, se transformando em alguém totalmente sustentável para os dias atuais.

Por Edson de Sousa
E-mail: edson_agro@hotmail.com
Cell Phone / WhatsApp: +55 89 99985.6743 / 99433.1858

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Agricultura sustentável requer uso de tecnologia

Modelo exigido ainda não está em harmonia com as condições atuais

Para o Brasil alcançar os altos índices da produção agropecuária que possui atualmente e atender à crescente demanda mundial por alimentos, aumentou os investimentos na aquisição de insumos, principalmente os defensivos agrícolas – sem os quais não seria possível produzir em grande escala. O uso deste insumo e suas implicações, assim como a importância do agronegócio mato-grossense para o Brasil e o mundo, foram os temas centrais discutidos ontem (4) durante o workshop sobre agricultura sustentável “Mato Grosso - Fatos e Mitos”, promovido pelo Sistema Famato com o apoio da Andef, Cearpa, Aprosoja e Crea-MT.

“Se existe um modelo de agropecuária sustentável, esse modelo é baseado na agricultura de Mato Grosso. Os defensivos agrícolas são como os remédios que devem ser usados na dose certa e com o acompanhamento de um médico, que na agropecuária é o engenheiro agrônomo”, comparou o diretor executivo do Sistema Famato, Seneri Paludo, lembrando que o Estado possui 38% de área produtiva e 62% de área preservada.

O superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidonio, destacou que apesar de representar um volume importante nos custos de produção, a participação dos defensivos tem caído, principalmente em comparação ao valor das sementes. Segundo levantamento do Imea, a participação dos defensivos no custo total da produção agrícola do Estado reduziu de 20%, da safra 1998/1999, para 15% na safra 2010/2011, enquanto a participação das sementes no mesmo intervalo aumentou de 6% para 7%. Atualmente, Mato Grosso ocupa a 7ª colocação no ranking nacional do consumo de defensivos por quilômetro quadrado.

No Brasil, o uso de defensivos nas lavouras é crescente. Em 2010, o país adquiriu US$ 6,9 bilhões do insumo e a projeção esperada para este ano, segundo a empresa de consultoria alemã Kleffmann Group, é de que sejam consumidos US$ 7,2 bilhões. Conforme o gerente de mercado da empresa, Renato de Oliveira, parte deste crescimento projetado se deve à elevação de preço desses produtos e não necessariamente ao aumento do volume utilizado.
O diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher, que proferiu a palestra “Brasil, um país bipolar? Competitividade Versus Entraves ao Agronegócio”, mostrou o contraste que existe entre a competitividade e os empecilhos da agropecuária brasileira.

Nas exportações do agronegócio, por exemplo, Daher informou que o Brasil negocia com 215 países e que há um bom tempo deixou de ser dependente dos Estados Unidos e do bloco europeu. Com a busca de novos mercados, as exportações cresceram de US$ 20,5 bilhões, em 1999, para US$ 64,8 bilhões, em 2009.

Apesar deste resultado, Daher salientou a deficiência do setor na estocagem de grãos dentro das propriedades nacionais, que possuem apenas 14% do total de armazéns próprios. Enquanto isso, os EUA contam 50%, a Argentina 40% e o Canadá com 85% do total de armazéns próprios instalados nas propriedades. Para o executivo, é preciso haver uniformidade para o país cumprir as metas estabelecidas pelo governo de auxiliar no combate à fome mundial. Até 2022, o objetivo é dobrar a produção, a produtividade e as exportações agropecuárias, além de triplicar os investimentos em pesquisas no campo.

“Tudo isso com a pressão na utilização dos defensivos agrícolas. Por isso, digo que o Brasil é um país bipolar. Vemos que há um contraponto no conceito de crescimento da economia nacional. Enquanto a agência que cuida da área sanitária do país critica nosso modelo de produção agrícola, ao mesmo tempo a presidente Dilma Rousseff está em Bruxelas firmando um acordo entre o Mercosul e a Comunidade Europeia para abastecer alimentos ao planeta. Ou todos nós colaboramos para o Brasil ser realmente o seleiro do mundo, ou optamos por uma agricultura domiciliar sem adoção de tecnologias”.

Diário de Cuiabá

Fonte: NOTICIAS AGRICOLAS | Piaui | Urucui

Qualidade da soja de MT é superior ao grão dos EUA

A qualidade da soja colhida em Mato Grosso é superior ao grão cultivado nos Estados Unidos, maior produtor da oleaginosa no mundo. Na composição do grão mato-grossense o índice de proteína varia de 39% a 42% e de óleo entre 17% a 22%. Já em campos americanos os níveis máximos da qualidade de soja é de 37% de proteína e 20% de óleo. “O máximo deles [Estados Unidos] é o mínimo nosso”, a avalia a coordenadora da pesquisa de classificação dos grãos, Maria Aparecida Braga Caneppele.

O projeto que demorou quatro anos para ser concluído é resultado de uma parceria entre a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Conforme a pesquisadora, a qualidade do grão mato-grossense é praticamente uniforme em todas as regiões do estado. Além disso, ela acrescenta que os índices são os responsáveis pela média positiva no desempenho nutricional da soja brasileira, que varia de 7% a 22% no caso do óleo e de 35% a 42% na proteína. “Conseguimos constatar que o grão da soja plantada em Mato Grosso é excelente e atende as exigências da indústrias”, complementa.

A coordenadora explica que os resultados positivos são influenciados pelas condições climáticas. Conforme a pesquisa, a temperatura ambiental interferiu no conteúdo de proteínas totais da semente de soja, as quais acumularam em maior quantidade diante de ambiente com temperatura em torno de 30 graus. “A cada 1º grau é acrescido 6,6 gramas de proteínas. Essa evolução ocorre até a temperatura atingir 30º C. E é justamente essa condição climática que predomina em todas as regiões de Mato Grosso. O que não ocorre em outros estados brasileiros”, explicou.

O estudo aponta ainda “que o recebimento de soja é um dos pontos mais críticos de sua comercialização, pois o produtor é penalizado quando os valores de umidade e avariados excedem os limites de tolerância, deixando assim de agregar valores ao produtor, por não adotar os tratos de pós colheita que ajustam esse produto aos padrões de qualidade”. Impurezas e umidades representam entre 80% a 85% do descontos no valor do produto para o agricultor. Para o presidente da Aprosoja-MT, Glauber Silveira, o próximo passo é espalhar a informação de que Mato Grosso produz a melhor soja do mundo. “É o que o mercado chinês exige e outros que poderão surgir”.

Por outro lado, ele questiona a melhoria no manejo dos grãos, que no descuido pode implicar para o aumento das perdas dos grãos causadas pelas pragas, percevejos entre outros problemas. O ataque de percevejos em lavouras de soja pode significar redução no tamanho dos grãos, tornando-os enrugados, chochos e de coloração mais escura que as normais, consequentemente, acarretam perda na produção. O presidente da Comissão de Gestão de Produção da Aprosoja, Naildo da Silva Lopes, destaca que as pesquisas norteiam o caminho em que o produtor precisa seguir, dando condições e mostrando onde pode ter melhoria. “O controle e a orientação é um processo contínuo”.Produção – Mato Grosso deve produzir 21 milhões de toneladas de soja na safra 2011/2012 em uma área de 6,6 milhões hectares. A estimativa é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

G1 MT com Ascom Aprosoja

Fonte: NOTICIAS AGRICOLAS | Piaui | Urucui

RELATÓRIO CURRICULAR

Relatório Curricular  Edson Nere Alves de Sousa Acompanhamento das atividades da safra 2007/2008 da Fazenda Progresso, tendo ênfase nas ativ...